






O CSP-MG participou do Encontro Setorial promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e pelo SindSeg MG/GO/MT/DF (Sindicato das Seguradoras), realizado no dia 28 de agosto, em Belo Horizonte.
O presidente do CSP-MG, João Paulo Moreira de Mello, representou a entidade, enquanto o diretor do Clube, Maurício Tadeu Barros Morais, contribuiu conduzindo a programação e a mediação dos debates, a convite do SindSeg.
O encontro reuniu lideranças do mercado segurador, executivos de seguradoras e corretores para debater os avanços do setor e apresentar dados atualizados sobre o desempenho nacional e regional. Também foram discutidas pautas estratégicas, como mudanças climáticas, ambiente regulatório, inovação e a participação da CNseg na COP30, em Belém (PA), por meio da iniciativa Casa do Seguro.
Panorama do mercado
Durante a exposição, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, informou que o setor arrecadou mais de R$ 750 bilhões em prêmios em 2024, considerando todos os ramos. No mesmo período, foram pagos R$ 500 bilhões em indenizações aos segurados, o que corresponde a quase 5% do PIB brasileiro. “Imagine o impacto disso na sociedade, os efeitos multiplicadores nas diversas atividades econômicas, na estabilidade das empresas e na vida das famílias beneficiadas”, comentou.
Segundo o dirigente, a Região Sindical MG | GO | MT | DF movimentou quase R$ 70 bilhões em prêmios em 2024, um crescimento de 10,6% em relação a 2023. Minas Gerais foi o destaque, sendo responsável por 54% do volume total (R$ 37,4 bilhões). Até maio de 2025, a arrecadação na região já atingiu R$ 37,3 bilhões, mantendo Minas Gerais em trajetória de expansão, enquanto os demais estados apresentaram retração.
A presidente do SindSeg MG/GO/MT/DF, Andréia Padovani, ressaltou o desempenho de Minas Gerais, que, nos cinco primeiros meses do ano, somou R$ 15,7 bilhões em prêmios (+4,9%) e R$ 4,2 bilhões em indenizações (+1,5%).
Ela citou iniciativas do Sindicato que aproximam o setor da sociedade, como a campanha Proteção de Verdade Só as Seguradoras Podem Garantir, o programa Seguro na Escola, que desde 2009 já alcançou mais de 101 mil estudantes; o Grupo de Trabalho Assistência 24h, em parceria com o Sincor-MG; o Fórum de Vida em Grupo, entre outras.
Projeções
Dyogo Oliveira também apresentou as projeções de crescimento do setor para 2025. A expectativa é de uma expansão próxima a 10% — ou 8,8% quando desconsiderado o segmento de Saúde. Segundo ele, esse desempenho será diretamente impactado pela incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos produtos de acumulação, como a Previdência e o VGBL.
O dirigente explicou que, apesar dos ajustes recentes que limitaram a incidência do tributo a aportes de até R$ 300 mil em 2025 e R$ 600 mil em 2026, a medida deve reduzir em aproximadamente 20% a captação bruta em Previdência.
Educação securitária
Um dos pontos enfatizados na exposição de Dyogo Oliveira foi o Programa de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), que reúne uma série de iniciativas da CNseg para ampliar a conscientização da população sobre a importância da proteção securitária.
Para o presidente da Confederação, a educação securitária é um desafio central e deve passar pela simplificação da linguagem usada pelo setor, chamada de “segurês”, que ainda dificulta o entendimento por parte do consumidor. “Precisamos falar de forma simples, clara e acessível, para que a população compreenda o valor do seguro em sua vida. Esse é um esforço coletivo e contínuo do mercado”, constatou.
Oliveira disse que a CNseg tem investido em ações educativas, campanhas de comunicação e projetos de proximidade com a sociedade para fortalecer a cultura do seguro no Brasil.
Discussão estratégica
Durante o debate, o presidente do CSP-MG, João Paulo Moreira de Mello, parabenizou os organizadores da iniciativa e questionou Dyogo Oliveira sobre a evolução do produto Vida Universal, que vem sendo discutido há anos no mercado.
O dirigente da CNseg explicou que a proposta está próxima de aprovação e representa uma alternativa inovadora para ampliar o acesso da população à proteção securitária, unindo cobertura de risco e acumulação financeira. Ele destacou a flexibilidade do produto, mas lembrou que o principal desafio é a definição da regulamentação tributária, em negociação entre Receita Federal e Susep.
“O Vida Universal é um dos produtos mais adequados para o brasileiro, porque alia proteção e poupança, com flexibilidade para saque e pagamento. Se bem regulamentado, pode transformar o mercado”, acredita Oliveira.
Participação e representatividade
Além do CSP-MG, o encontro contou com a participação dos presidentes do Sincor-MG, Gustavo Bentes; da Aconseg-MG, Robson Augusto Carneiro; do Conselho Empresarial de Seguros da ACMinas, Sérgio Frade, reforçando a integração das entidades representativas do setor.
Também esteve presente o diretor do CSP-MG e CEO da TGL Consultoria Financeira, Rogério Araújo, que aproveitou a ocasião para solicitar o engajamento da CNseg no movimento Minha Vida Protegida. Atendendo ao pedido, Dyogo Oliveira acionou o gerente de Imprensa da Confederação, Clóvis Horta, que acompanhava o encontro, para viabilizar a parceria. Entre os participantes, estiveram ainda os conselheiros do Clube, Edilon Mesquita e Landulfo Ferreira.
Para Mello, a presença do Clube em debates estratégicos como esse é fundamental. “Estar em contato direto com as lideranças do setor e acompanhar de perto as tendências e desafios do mercado reforça o papel do CSP-MG na construção de um mercado cada vez mais sólido, inovador e conectado à sociedade”, finalizou.
Por Déborah Gurgel – Assessora de Imprensa





